ME ABRACE PATIS

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Monólogo das Mãos"




De  Giuseppe Ghiaroni, sucesso das carreiras de Bibi Ferreira e Lucio Mauro no teatro e na TV.

Monólogo das Mãos
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos David agitou a funda que matou Golias;  as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;  o operário construir e o burguês destruir;  o bom amparar e o justo punir;   o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;    os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos; 
As mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!


domingo, 8 de julho de 2012

Apresentação do blog

Quero através desse blog expressar meus sentimentos, minha limitada leitura de mundo.
Muitas pessoas, principalmente mulheres da minha idade, após a aposentadoria, se fecham para a sociedade e para o mundo, criando o seu mundo particular, voltado para a família, ajudando a criar os netos e se dedicando á religião. Tudo isso é maravilhoso mas, quando se torna rotina acabam por levar á  a sensação de velhice,  inutilidade, ociosidade, á melancolia e conseqüente doenças psicossomáticas o que só leva ao sofrimento físico e mental. Enquanto estivermos aprendendo informática e nos comunicando com o mundo fora de casa, mesmo não conseguindo andar muito ou viajar, mantemos nosso cérebro em atividade, nos atualizamos, trocamos informações, compartilhamos nossas valiosas  experiências. Espero que este seja um incentivo e através do mesmo, encontrar amigos e amigas de todas as idades, que sejam meus vizinhos ou que vivam do outro lado do planeta, que sintam a beleza de todas as idades, amem cada vez mais, esta sublime dádiva de Deus,  que  é a VIDA                                                                                                                Sua  visita me deixa muito feliz! Se quizer deixar um comentário,   agradeço.               
Obrigada, volte sempre!  
Marina Gomes.

Momentos de Paz



.✿. "Para viver momentos de paz, serenidade, harmonia, tranquilidade, tente pintar o seu paraiso e entre nele deixando tudo que é feio, mau e ruim do lado de fora. Acredite que você e Deus formam uma só unidade todo-poderosa e por isso você irradia paz e luz para si mesma e para as outras pessoas. Não deve existir lugar para tristezas, mágoas, ressentimentos, solidão, estresse, e nervosismo. Esse enlace com a força divina nos fortalece para enfrentarmos a vida. Você tem a idade dos seus pensamentos e dos seus sonhos. Você só envelhecerá quando parar de sonhar. Levante-se em estado de vibração interior. Vá até a janela, respire o ar puro do amanhecer e saúde o céu, as nuvens, a brisa, os pássaros, os animais, as flores, as plantas, o sol ou a chuva, as pessoas. Saúde a noite, a lua, as estrelas, os barulhos noturnos. Saúde a natureza, saúde toda a criação. Diante do espelho, sorria para si mesma e diga que gosta muito de você. Todas as coisas nos são dadas de acordo com o nosso pensamento. Acalme-se, solte-se, sinta-se bem, relaxe, feche os olhos e afirme, na sua mente, o quadro ideal daquilo que deseja ver realizado. Formule o pedido positivamente. Mantenha sempre uma atitude serena e confiante". Paz e Bem! ♥

Pintura maravilhosa baseada em "Gone With The Wind" - "E o Vento Levou", filme de 1939. Os personagens Rhett Butler e Scarlett O'Hara (Clark Gable e Vivien Leigh) caminham em um lindo jardim cheio de paz, beleza e harmonia.

Belíssima melodia para quem tem alguma sensibilidade e sabe apreciar beleza, ternura e delicadeza.
Texto e ilustrações extraídos da internet
 

terça-feira, 5 de junho de 2012

O Cético e o Lúcido

O Cético e o lúcido


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...
PENSE NISSO.....
                     O conto A Moça Tecelã

de Marina Colassanti é um conto de fadas moderno que narra o di-a-dia de uma moça que tece.Nada lhe falta, passa seus dias a tecer com cuidado e amor ao trabalho que executa.A moça usa seu tear para expressar seus sentimentos, através das cores das linhas a moça tece a vida e seus humores.É feliz em seu ofício e tece tudo que sua imaginação lhe permite.Os dias passam e nada lhe falta, porque tece tudo de que necessita,leite, peixe...Porém chega um tempo em que começa a se sentir sozinha e começa sentir necessidade de uma companhia, um marido a seu lado.Imediatamente pega os fios e começa a tecer o marido imaginário com que sonha.Com cuidado escolhe os fios mais bonitos e delicados e inicia a sua grande obra.O marido imaginado ganha chapéu, corpo e rosto bem desenhados e um belo par de sapados bem engraxados. Terminada a obra, a porta de sua casa se abre, e eis que que surge o marido esperado.Feliz a moça tecelã dorme no ombro do companheiro e sonha com os lindos filhos que teriam.Ela foi muito feliz por algum tempo, porém os propósitos de seu amado eram diferentes dos seus. Ao invés de filhos ele queria uma casa melhor, maior e mais bonita, e exigiu que a esposa logo começasse a tecê-la. Terminada a casa o marido quis um palácio com arremates de prata.A moça tecelã dedicou semanas e meses na construção do tal palácio, sem tempo sequer para ver a luz do dia. Pronto o palácio o marido exigiu que ele tivesse uma torre bem alta para abrigar a esposa em seu ofício de tecer. Encerrada na mais alta torre do palácio a moça tecia e entristecia.Seus pensamentos se voltaram para o passado, para a casa simples em que vivia e para todas as coisas boas que um dia teve.Chegando à noite a moça resolve destecer o marido e puxa o primeiro fio e antes que ele acorde já estava destecido completamente.A moça tecelã volta a sua vida simples e feliz de tecer com simplicidade e alegria seus sonhos de mulher.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O poder da educação


O Poder da Educação
Conta-se que o legislador Licurgo (legislador grego que deve ter vivido no século quarto antes de Cristo) foi convidado para proferir uma palestra a respeito de educação.
Aceitou o convite, mas pediu, no entanto, o prazo de seis meses para se preparar.
O fato causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema, e por isso o haviam convidado.
Transcorridos os seis meses, compareceu ele perante a assembléia em expectativa. Postou-se à tribuna e logo em seguida entraram dois criados, cada qual portando duas gaiolas.
Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.
A um sinal previamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das gaiolas e uma lebre branca, saiu a correr, espantada.
Logo em seguida o outro criado abriu a gaiola em que estava um cão e este saiu em desabalada correria ao encalço da lebre. Alcançou-a com destreza, trucidando-a rapidamente.
A cena foi horrível e chocou a todos. Um grande susto tomou conta da assembléia e os corações pareciam saltar do peito. Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão. Mesmo assim, ele nada falou.
Tornou a repetir o sinal convencionado e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão.
O povo mal continha a respiração. Alguns, mais sensíveis, levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco. No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de abocanhá-la, bateu-lhe com a pata e ela caiu. Logo a lebre ergueu-se e se pôs a brincar com o cão.
Para surpresa de todos, os dois ficaram demonstrando tranqüila convivência, saltitando e brincando de um lado a outro do palco.
Então, e somente então, Licurgo falou:
- Senhores, acabais de assistir a uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim, igualmente, os cães.
- A diferença entre os primeiros e os segundos é, simplesmente, a educação.
E prosseguiu vivamente o seu discurso, dizendo das excelências do processo educativo:
- A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo. Eduquemos nossos filhos, esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos aos seus corações, ensinemos a eles a despojarem-se das suas imperfeições.
- Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores.

domingo, 13 de maio de 2012

Quando Deus Criou as Mães


Quando Deus Criou as Mães
 
Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em que, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido quase insignificante numa roupa especial para a festinha da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.
Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: “eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo”, mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor, mas ainda assim insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.